Artesanato
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O fabrico das rendas de bilros em Vila do Conde data, pelo menos, do século XVI, afirmando-se, ao longo dos tempos, como um dos mais expressivos ex-libris da cidade. Embora com origem controversa, a técnica da manufatura das rendas de bilros poderá ter sido trazida do norte da Europa por marinheiros e comerciantes que, então, mantinham importantes relações comerciais com a Flandres.
Vila do Conde é, atualmente, o centro produtor de rendas de bilros mais importante do país, quer pela qualidade dos trabalhos, quer pelo número de pessoas que envolve. Hoje, novos caminhos se abrem. Preservando o passado, utilizam-se novos materiais, buscam-se novas aplicações nas decorações para as casas e para a moda e estabelecem-se contactos com centros produtores de rendas de bilros espalhados pela Europa. Assim se garante o futuro da secular arte de dedilhar os bilros.
A manufatura de camisolas de lã e de outras peças de vestuário (gorros, meias, luvas), sobretudo em Azurara, é uma atividade com séculos de existência, atividade que procurava responder às necessidades de marinheiros e pescadores, produzindo grossas camisolas, gorros e meias - apropriadas para as noites frias do mar - e luvas de um só dedo (adaptação para facilitar os trabalhos da pesca). Posteriormente, mantendo-se fiel às técnicas tradicionais, a produção das lãs de Azurara diversificou e penetrou nos circuitos da moda.